O que fez você escolher o Jiu-Jitsu como estilo de vida e profissão? Alguma influência especial no seu caminho?
Comecei no Jiu-Jitsu por volta dos 14 ou 15 anos, e, desde o início, a arte marcial foi uma paixão para mim, mesmo enfrentando dificuldades em manter constância nos treinos. O Jiu-Jitsu sempre foi mais do que um hobby, era um espaço onde eu podia me superar e aprender constantemente.
Quando cheguei à Gracie Barra Icaraí em 2021, já estava decidido a não parar mais. A acolhida da equipe e o ambiente da academia fortaleceram ainda mais minha determinação. Durante minha jornada, quando graduei à faixa roxa, tive a oportunidade de começar a ensinar uma turma. No início, não tinha a intenção de me profissionalizar, mas vi no ensino uma maneira incrível de aprofundar meu conhecimento, já que acredito que quem ensina também aprende.
Essa experiência acabou se tornando transformadora e me mostrou que o Jiu-Jitsu não era apenas uma prática, mas um caminho de vida e profissão.
Como você vê o processo de aprendizado no Jiu-Jitsu? Existe uma “chave” para evoluir mais rápido?
Na minha opinião, o processo de aprendizado no Jiu-Jitsu depende de algumas ‘chaves’: A primeira é a constância. Sem uma rotina de treinos, é impossível evoluir, e isso vale para qualquer área da vida. A segunda é compartilhar o que você sabe. Ensinar e trocar ideias ajuda a refinar o conhecimento. Como diz a frase: ‘Ferro afia ferro, assim como um amigo afia o outro’. Essa frase reflete a importância de crescer junto com os outros.
Por fim, é fundamental nunca deixar dúvidas para depois. Perguntar e buscar respostas faz toda a diferença no aprendizado.
O que diferencia a filosofia de ensino da Gracie Barra das outras academias, na sua opinião?
Na minha opinião, o que diferencia a filosofia de ensino da Gracie Barra é o programa estruturado em níveis: GB1, GB2 e GB3. Essa segmentação entre alunos iniciantes, intermediários e avançados permite uma progressão organizada e segura. Com esse método, os alunos constroem bases sólidas de aprendizado, o que não só melhora o desenvolvimento técnico, mas também reduz significativamente o risco de lesões, promovendo uma prática mais saudável e sustentável.
Na sua experiência, como o Jiu-Jitsu pode contribuir para melhorar a qualidade de vida dos alunos fora dos tatames?
O Jiu-Jitsu é um esporte de alto rendimento que não pode ser praticado sozinho, o que fortalece não só o físico, mas também o lado social. Ele nos ensina a lidar com nossas dificuldades e as dos outros, além de manter a calma em situações desafiadoras para buscar a melhor solução.
Também aprendemos a aceitar derrotas, dar os famosos ‘três tapinhas’ e reconhecer que o outro foi melhor naquele momento. Essa combinação de lições nos torna mais resilientes e preparados para enfrentar os desafios da vida fora dos tatames.
Se você pudesse dar um conselho para alguém que está pensando em começar no Jiu-Jitsu, mas ainda tem receio, qual seria?
Meu conselho é: se desafie. O Jiu-Jitsu, de fato, não é fácil, mas essa é justamente a beleza da jornada. Ele vai te moldar para se tornar uma versão melhor de si, tanto física quanto mentalmente. Você vai conhecer seu corpo como nunca, superar limites e, de quebra, melhorar sua saúde e bem-estar.
Dar o primeiro passo pode ser difícil, mas os benefícios que você colhe ao longo do caminho valem cada esforço.
O que mais gosta de fazer fora dos tatames?
Fora dos tatames, amo filmes e cinema, além de estar em contato com a natureza. Uma das coisas que mais valorizo na vida é passar momentos com minha família, assistindo especialmente a um pôr do sol na praia, com os pés na areia e sentindo a água do mar indo e voltando. Esses momentos simples trazem uma paz única e me reconectam com o que realmente importa.
